terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Jovens discutem estratégias para a resposta ao HIV/Aids e hepatites virais na Amazônia



Com o objetivo de promover um espaço in-formativo sobre IST, Aids e Hepatites Virais, construindo caminhos possíveis na resposta juvenil a epidemia no Estado, a Pastoral da Aids do Regional Norte 2 realizou entre os dias 09 e 11 de dezembro, o Encontro Estratégico de Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/Aids. A atividade que fecha este ciclo do "Projeto Juventude é Vida na Amazônia", desenvolvido com o apoio do Fundo PositHiVo e em parceria com a Rede Jovens + Pará, contou com a participação de lideranças juvenis do oeste e sudeste paraense, além da Região Metropolitana de Belém/PA.

A circularidade foi vivenciada durante a abertura, onde @s participantes tinham ao centro, velas coloridas e tarjetas com as diversas realidades nas quais a juventude se identifica e/ou vivencia. Neste cenário que buscava representar essa diversidade social, política, econômica e cultural, compartilharam entre si, seus sonhos, intercalado entre músicas e outras reflexões.

A roda de conversa sobre “Juventude e Soropositividade na Amazônia”, contou com a presença da Dra. Helena Brígido e Edgar Barra, respectivamente médica infectologista e coordenador estadual da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids. A discussão teve como foco a realidade das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e d@s jovens desta região.

As mini-oficinas sobre Teatro do Oprimido, por Alexandre Luz, educador do Instituto Universidade Popular (UNIPOP) e Educomunicação pelo secretário regional da Pastoral da Aids, Eduardo da Amazônia, que também contribuiu com noções acerca de planejamento. 

Desafios relacionados à epidemia, vividos nos municípios de Parauapebas, Santarém, Castanhal, Tucuruí (área urbana e aldeia) entre outros, foram debatidos. Como principais indicativos de atuação, @s participantes apresentaram as propostas de pontos focais nas unidades de tratamento para o HIV, trabalho nas escolas e universidades, além das construção de redes municipais na resposta a aids e as hepatites virais.

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Juventude e Aids é tema da roda de conversa em Tucuruí

Tucuruí, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, está na 21ª posição das cidades brasileiras no ranking dos indicadores de taxas de detecção e mortalidade de HIV e Aids. 

Neste sentido, integrantes da Pastoral da Juventude deste município, participam do encontro com a Pastoral da Aids realizado na terça-feira (09) à noite, na Paróquia Menino Jesus – Diocese de Cametá. O momento foi dedicado a sensibilização dos jovens acerca dos riscos da infecção, bem como as estratégias de cuidado em relação ao HIV, sífilis e hepatites virais.

O encontro trouxe relatos sobre vivências de pessoas soropositivas, bem como os desafios que enfrentam no tratamento. Ainda abordou sobre a discriminação que estas sofrem em decorrência da sua condição sorológica, que também tem impacto na sua saúde física. 

A atividade também ajudou a esclarecer algumas dúvidas como a diferença de HIV e Aids, a necessidade do pré-natal para evitar complicações ao bebê, como a sífilis congênita e o respeito com o assunto, sobretudo no grupo de jovens que precisa ser um lugar de acolhida. 

No final, @s jovens foram convidad@s a somar na sensibilização para o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, durante as missas próximas ao 01 de dezembro, fazendo preces ou a Oração Pela Vida, afixando cartazes sobre o assunto e confeccionando laços vermelhos para serem entregues nas celebrações afim de chamar a atenção d@s participantes à epidemia.


Aids e Hepatites Virais são abordados com Jovens Assurini na Aldeia Trocará

Adolescentes e jovens Assurini da aldeia Trocará, participaram na última terça-feira (09), da roda de conversa sobre IST/Aids e hepatites virais. A atividade teve como objetivo sensibilizar a juventude indígena sobre os cuidados a saúde sexual e reprodutiva, tendo em vista a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis para a comunidade. 


Durante o momento foram abordados as formas de transmissão, prevenção e tratamento para HIV, sífilis e hepatites virais. Como parte do Projeto “Juventude é Vida na Amazônia”, a ação realizada pela Pastoral da Aids – CNBB/Norte 2 e Rede Jovens + Pará, com o apoio do Fundo Positivo, contou com a parceria do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (DSEI GUATOC) – Polo Base Tucuruí.

Ainda, @s participantes receberam algumas orientações relacionadas ao diagnóstico precoce e a profilaxia pós-exposição (PEP), que poderá ser realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento e Serviço de Atendimento Especializado (CTA/SAE) do município, localizado na Trav. Paulo Ronaldo, 30 – Santa Isabel (Tucuruí/PA).

Jovens de Jacundá realizam roda de conversa sobre HIV/Aids e Hepatites Virais

Nesta sexta-feira (04), @s jovens da Pastoral da Juventude de Jacundá organizaram uma roda de conversa sobre HIV/Aids e Hepatites Virais no Centro de Artes e Esporte Unificado (CEU). Durante a atividade, foram tratadas algumas informações sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST), formas de transmissão, prevenção e tratamento.

As participantes também puderam conhecer algumas novas tecnologias de cuidado, como a profilaxia pós-exposição (PEP) e desconstruir alguns mitos relacionados a epidemia como a não transmissão por mosquitos e a possibilidade de mulheres soropositivas terem filhos não infectados.

O respeito às pessoas vivendo com HIV/Aids, bem como a garantia do sigilo a sua condição sorológica, foram assuntos também abordados durante o encontro. No final, além dos agradecimentos, a PJ de Jacundá, assumiu o compromisso de organizar algo no contexto do Dia Mundial de Luta Contra a Aids (01 de dezembro).

A roda de conversa é também uma das atividades do Projeto "Juventude é Vida na Amazônia" que tem por objetivo instrumentalizar e fomentar adolescentes e jovens para a resposta ao HIV/Aids e as hepatites virais no Pará.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Participantes escrevem carta solicitando mais atenção aos adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids

Nesta manhã de domingo (28), encerrou-se o Seminário Juventude é Vida na Amazônia e Encontro Estadual de Adolescentes e Jovens vivendo com HIV/Aids. A atividade que aconteceu desde o dia 25 de agosto em Belém/PA, contou com a participação de aproximadamente 86 adolescentes e jovens, juntamente com outr@s parceir@s da sociedade civil, agências de cooperação e do poder público.

Na ocasião, @s participantes puderam refletir sobre o caminho trilhado até esta atividade, bem como conhecer um pouco mais sobre os objetivos do Projeto que conta com o apoio do Fundo PositHiVo para a refletir, instrumentalizar e fomentar grupos e redes de jovens vivendo e convivendo com HIV/Aids nos municípios do Estado.

Além disso, @s presentes apontaram algumas estratégias de atuação nos municípios para o acolhimento, formação e incidência política, além de produzir uma carta de solicitação as três esferas de Governo e suas respectivas instâncias. 

Durante a conclusão, foram feitas as avaliações e demais encaminhamentos, juntamente com os agradecimentos aos/as participantes, organizadores/as e cuidadores/as (equipe de apoio) e parceir@s da atividade. Enquanto entoava-se a música “Sal da Terra” de Beto Guedes, cada participante recebeu uma muda de planta como gesto simbólico de compromisso com a integralidade do cuidado.


CARTA D@S PARTICIPANTES DO SEMINÁRIO JUVENTUDE É VIDA NA AMAZÔNIA E ENCONTRO DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS

Nós, adolescentes e jovens do Estado do Pará, vivendo e convivendo com HIV/Aids, reunid@s no período de 25 a 28 de agosto de 2016, em Belém/PA, nas atividades denominadas “SEMINÁRIO JUVENTUDE É VIDA NA AMAZÔNIA” e “ENCONTRO ESTADUAL DE ADOLESCENTES E JOVENS VIVENDO COM HIV E AIDS”, com a participação de 86 pessoas, entre adolescentes e jovens da capital e do interior do Estado (cerca de 76% dos participantes), diversos parceiros sociais locais, gestores públicos das três esferas de governo, meios de comunicação e mídias alternativas cobrindo o evento. Foram dias de reflexão sobre temas abordados, tais como: promoção, tratamento, prevenção, co-infecções (hepatites virais, tuberculose, sífilis, etc) estigma sobre o vírus ideológico, políticas públicas de juventude, direitos humanos, educação e saúde, revigoramento da autoestima, troca de experiências entre outros assuntos pertinentes. 

Ao final do mencionado evento, a plenária decidiu construir esta carta que traz algumas angústias legítimas do grupo presente, buscando colaborar com o poder público e a sociedade civil na melhora do cuidado de nós, adolescentes e jovens, que temos uma vida inteira para produção no país e que estas questões interferem diretamente na saúde da juventude positiva. Queremos a garantia plena no exercício dos direitos e deveres como cidadãos/ãs, por isso REQUEREMOS:

1. Necessidade de novos e readequação dos espaços já existentes (principalmente no interior), para atendimento aos jovens vivendo com HIV/Aids, objetivando discrição no acolhimento e respeito a nossa individualidade. A demanda de novos infectados aumentou (vide Boletins Epidemiológicos do Estado e Brasil) e não estamos conseguindo atender adequadamente ao que chegam e aos que precisam destes importantes espaços. Ampliar a estrutura de prevenção positiva entre pares de forma competente, para o bom resultado na adesão é uma necessidade fundamental;

2. Preocupamo-nos com as falhas na logística de distribuição de medicamentos antirretrovirais para o interior do Estado. Muitos medicamentos de segunda linha de tratamento não vêm chegando, em tempo real, para continuidade do TRATAR, comprometendo a adesão e os bons resultados já cientificamente comprovados desses/as respectiv@s usuári@s. Gostaríamos de ter informações e melhoramento do fluxo de funcionamento desta logística de distribuição; 

3. PEC 241/2016: somos totalmente contra ao instituto legal que se apresenta que traz a proposta de relativizar a lei maior que é a Constituição Federal. Entendemos que o art. 196 e demais, do mencionado instituto legal, é cláusula que não se mexe. O SUS UNIVERSAL é uma conquista do povo brasileiro e deve ser operacionalizado como determinam, fielmente, as leis pertinentes 8.080/90 e 8.142/90 na prática da realidade da vida. A juventude paraense não abre mão de participar do diálogo deste pleito exigindo sua representação em todas as discussões que este assunto for levado, por sua importância no bem-estar social necessário ao seu tratamento;

4. Nós, enquanto adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids, atingid@s pelo preconceito, discriminação e estigma que reflete na família, na escola, no mercado de trabalho e nos demais espaços e relações sociais que se estabelecem, podendo muitas vezes influenciar a não adesão, solicitamos que o Estado estabeleça campanhas contínuas (não só as pontuais) que informem a sociedade sobre as novas tecnologias e evoluções científicas em IST, HIV/Aids e comorbidades, bem como determinar políticas públicas que estimulem o protagonismo juvenil autônomo e independente com apoio de recursos aos seus espaços de representação e militância, com a finalidade de suporte social ao trabalho que, seriamente, desenvolvemos;

5. Entendemos que o atendimento psicossocial especializado aos adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids é uma necessidade imperiosa para os bons resultados na adesão positiva. Contudo, destacamos um olhar, ainda mais determinado, aos adolescentes e jovens de transmissão vertical, devendo ser revisada a política de abrigos e determinada a obrigatoriedade que estes espaços tenham programas de ressocialização e reintegração plena de seu público na sociedade. Há de se ter uma política que possa apoiar este importante momento de transição entre a vida jovem positiva para a adulta. Para tanto, é fundamental o envolvimento das áreas da Assistência e da Previdência Social, viabilizando ainda o BPC para estes/as jovens que precisam deste apoio até os 24 anos de idade, podendo estar vinculado este benefício a frequência e resultados estudantis e em plena adesão ao seu tratamento, como estímulo à vida produtiva.

6. Segundo evidências científicas comprovam que adolescentes e jovens vivendo com HIV/Aids poderão ter uma vida plena e saudável desde que sejam ministrados medicamentos com menos toxicidade, diminuição dos efeitos colaterais e mais tolerância o que, inclusive, melhora a adesão. Neste sentido, solicitamos a incorporação de novas tecnologias medicamentosas no consenso terapêutico do Ministério da Saúde, de forma imediata a aprovação dos órgãos necessários de controle destes no país, objetivando que jovens possam ter sua vida adulta com qualidade plena de produção e com menos efeitos colaterais oriundos destes medicamentos já considerados mundialmente ultrapassados. Qualidade de vida e bem-estar social é preciso;

7. Preocupa-nos a postura de alguns/algumas profissionais de saúde que desconsiderando @s adolescentes e jovens como sujeitos de direito, demoram na troca de medicamentos (ARV) que não estão trazendo qualidade de vida a eles/as. Muitos por isso até abandonam o tratamento. Assim, requeremos que a aplicação dos consensos terapêuticos do Ministério da Saúde sejam flexibilizados na prática da vida, levando em consideração a adesão e a adaptação social d@s usuári@s a cada formulação aprovada no PCDT/DDAHV/MS. Não somos doença, queremos ser vistos humanamente.

8. Que o TRATAR não seja reduzido à área biomédica e que o psicossocial seja implementado, imediatamente, nos serviços como TRATAR, através da aplicação do Princípio Constitucional da INTEGRALIDADE DO CUIDAR (equipe multidisciplinar na atenção básica e especializada);

9. Que os métodos de prevenção combinadas existentes e discutidos, como possíveis de combater novas infecções, sejam implementados imediatamente nos serviços de saúde, com capacitação e treinamento das equipes, bem como divulgado a sociedade (via mídia aberta e campanhas) sobre estes métodos, com os pontos de atendimento, inclusive os de 24 horas ininterruptos no Estado do Pará. 

10. Por fim, que se retome, seriamente, o Projeto “Saúde e Prevenção nas Escolas”, pois é na educação que entendemos ocorrer a grande mudança cultural e crítica do conhecimento de temas importantes como: saúde, sexualidade, reprodução, gênero, álcool e outras drogas, infecções sexualmente transmissíveis e outros que estão muito ligados com nossa luta e a juventude. 

Por tudo acima relatado, REQUEREMOS aos órgãos governamentais pertinentes, agências de cooperação técnica, parceiros da luta social na Saúde, Direitos Humanos, Educação, Assistência Social e Previdência Social e Juventude o apoio na complementação do que ora se deseja como políticas públicas inclusivas, depois de 35 anos de epidemia.

Belém/PA, 28 de agosto de 2016.

sábado, 27 de agosto de 2016

Diagnóstico dos conhecimentos entre os participantes orienta para necessidade de aprofundamento das informações

Por Kassya Fernandes

No momento da inscrição, os participantes do Seminário Juventude é vida na Amazônia – Encontro de Adolescentes e Jovens Vivendo e Convivendo com HIV/AIDS responderam a diversas perguntas relacionadas às ISTs, ao HIV/AIDS e hepatites virais. O objetivo era saber como os adolescentes e os jovens estão por dentro dos assuntos que tem relação com a sua saúde.

38% dos participantes já pararam o tratamento por algum motivo, seja por medo de interação com medicamentos ou álcool, por medo dos efeitos colaterais, ou por vergonha de outras pessoas descobrirem. Os dados apontam para a necessidade de aprofundamento das informações sobre o HIV/AIDS,além das outras ISTs e das hepatites virais.

Apoio - Um dado positivo é de que a maioria das pessoas (48,6%) recebe apoio da família para o tratamento, apesar de 29,7% só terem confiança em alguns parentes. Os números mostram que ainda é preciso esclarecer a sociedade sobre o vírus e da necessidade de acolhimento.

Debater o assunto e divulgar as informações corretas sobre HIV/AIDS são importantes para disseminar conhecimento na sociedade. A maioria dos participantes se sente à vontade para falar sobre o enfrentamento do HIV/AIDS em espaços como escola, trabalho, família, vizinhos, e internet; contudo pouco mais 40% discute sobre o assunto na religião que frequenta.

Vida – 59,7% dos jovens estão mais tranquilos quanto sua sorologia e declararam que o HIV incomoda pouco sua vida. As respostas indicaram também que é nos movimentos sociais, e também pela Internet, que se tem mais acesso às informações sobre HIV. O conhecimento que eles têm sobre o vírus, foi avaliado como amplo por 53% deles, porém ao decorrer das repostas, alguns apresentaram ter dúvidas sobre carga viral, adequação à medicação e sobre a importância de saber a sorologia.

PASTORAL DA AIDS

REDE JOVENS + PARÁ

FUNDO POSITHIVO

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